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DIZERES MEUS

DIZERES MEUS

27
Set04

TU

dizeresmeus
Percorrer as ruas de Lisboa, como o faço, é nos dias de hoje algo inacreditável, mesmo heróico. Só o consigo fazer porque a cada momento penso em ti. A luta com os limpadores de pára-brisas que saltam a cada semáforo, e a gotas geladas da chuva que caem, lembram-me a humidade da tua respiração no meu pescoço. Os lamentos dos pedintes que se acercam com recém-nascidos sedados só me faz lembrar que queria estar contigo naquele momento.
Ouço o ruído de um camião que não soube respeitar uma luz vermelha a grunhir por trás de mim, mas nem olho enquanto patina e se precipita de encontro a um autocarro parado no semáforo seguinte. O estrondo é enorme, mas o meu sinal abre e eu sigo, o meu caminho como se nada fosse, é demasiado forte o meu pensamento quando és tu a sua causa.
Tenho pressa de chegar perto de ti, e nem o ruído pegajoso da morte aparente são suficientemente fortes para me afastar do meu propósito: Tu.
Enquanto puxo mais um cigarro recordo-me da noite passada ao teu lado, uma noite tão intensa que os pensamentos seguintes se dirigem, ininterruptamente para ela. Foi uma noite longa, mas acabou e espero agora retomá-la se hoje me aceitares de novo.

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