Voltaremos a encontrar-nos? Voltaremos a sentir-nos? Voltaremos a escutar-nos? Voltaremos a ver-nos quando tu voltes a sentir. Quando reagires às adversidades da vida. Quando decidires que é tempo de seres tu próprio. Até então...
Numa aldeia perdida nos Picos da Europa, conta-se que o único filho recém-nascido de um rico mercador foi comido por uma porca que tendo encontrado uma porta aberta decidira procurar comida dentro de casa. O mercador nunca mais foi o mesmo, e jurou matar todos os suínos que encontrasse por onde andasse. Muitos matou e muitos mais mutilou deixando-os para morrer. Só parou, numa noite em que ao ir matar mais um exemplar ouviu um choro de criança. Ao aproximar-se do som, reparou que era uma porca que chorava com um choro de criança. Poupou-a e a partir daí poupou todos os porcos ao seu fatal destino, atirando-se de um penhasco granítico, ao qual se dá agora o nome de Pico do choro dos porcos. Finaliza a lenda dizendo que em noites sem lua, porcos, javalis e outros suinos se dirigem ao penhasco, emitindo um longo choro que só pára com a madrugada.
Impor uma fé aos outros, é impor-se a si mesmo essa fé. É tentar convencer-se que ela existe e que é de facto: Fé. A cruzada da fé pela espada, a fé que se tenta impôr, produz a conquista do conquistador pelo conquistado, uma vez que este pela força não muda a sua, só aparentemente. E quando isto acontece, o conquistador torna-se nada, chegando a morrer com ele a fé que tinha, que tentava impôr. Por isso, por vezes de que vale a pena ter fé? Creio que mais vale não crer, e somente ter uma fé própria, só nossa. Mesmo que seja uma fé robusta em não crer em nada.
Porque é que sempre queremos o que não podemos ter?, pelo menos não naquele momento, uma vez que o futuro é incerto. E porque é que aquilo que não queremos, ou que nunca desejámos nos é constantemente oferecido de bandeja?
Finalmente, lá fui ver o filme de Michael Moore. Gostei?: Sim. Divertiu-me?: Também. Propaganda Política?: Sim, Mas da melhor, daquela que se baseia em factos reais para tirar as suas conclusões. Claro que muitas críticas poderão ser feitas ao trabalho de MM neste documentário, mas esse não é o meu objectivo. O meu é o de dizer se gostei ou não, e o de relatar que pouco aprendi que não soubesse já (excepção feita claro à saída dos Binladen três dias depois do 11/9 dos EUA e ao abandono de empresas àrabes sediadas nas torres uma semana antes do atentado). O que mais me continua a intrigar, depois de ver este filme é não compreender como é que é possível aquele ser básico e rizível, ser elegível para o cargo mais importante do mundo, os critérios deveriam ser um pouco mais rigorosos, o povo americano devia ser mais rigoroso. Não critico este filme/documentário7panfleto, volto a frisar que esse não é o meu propósito. A coclusão que saquei foi que o problema dos detractores deste filme é o de saberem que lhes é impossível fazer um filme igual a desmetir ou dizer o contrário do que este diz, sem recorrer à mentira.
Na ilha da Madeira, é quase impossível viver sem ver o mar. Porém, no meio da serra madeirense existe uma aldeia situada num pequeno vale cercad por cumes verdejantes, onde os seus habitantes nunca viram o mar. Recusam-se a ver o mar, recusando-se a ser ilhéus. Vivem da agricultura de subsistência e só há poucos meses receberam electricidade. No resto da ilha chamam-lhes «Os Continentais».
Gostava de não ter planos para nada. Deixar correr as coisas livremente nos seus carris. Viver os dias um de cada vez. Se conseguisse fazer isto, teria sempre uns dias felizes, outros tristes. Porém, se planeasse tudo, e tudo corresse mal, todos os dias seriam tristes.
Porque será que o esquecimento é de facto impossível? A vida cria laços que nunca conseguimos quebrar, por mais que queiramos. Fica sempre um pequeno fio inquebrável que é a nossa memória, o nosso subconsciente que nos liga ao que queremos esquecer. Querer esquecer é de facto fazer tudo por tudo para nos lembrarmos.
Queria aproveitar este momento para dar os parabens pelo ano de existência ao Barnabé, que com melhores ou menos bons momentos, sempre nos vai ajudando a sacudir as mentes adormecidas e entorpecidas propositadamente por quem nos governa. Parabéns meus senhores.