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DIZERES MEUS

DIZERES MEUS

30
Dez04

Adeus 2004

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Bem sei que o último dia do ano é só amanhã, mas como não vou poder aceder à internet no dia 31, aproveito este momento para me despedir desde já de ti 2004, que tão infeliz foste.
Quanto a ti 2005, deixa-me desejar-te tudo de bom, e muito sucesso. Que todos nós sejamos beneficiados com a nóva época que se avizinha, e olha que é um descrente e pessimista que te está a falar.
30
Dez04

Há albums perfeitos III

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Tindersticks Curtains e thiswayup.jpg
Desta vez incluo neste espaço duas obras dos mesmos autores, pois foram estas duas que especialmente se entranharam dentro de mim, tornando-me delas dependente, ao ponto de as escutar até à exaustão musical.

This Way Up (ou Tindersticks) e Curtains são dois discos que puxam café, puxam cigarros e muita envolvência com pouca luz. Parecem perfeitos para adornar um filme de Trouffaut ou de Malle. São discos que se desprendem da excessiva ornamentação que por vezes leva certas bandas com o mesmo objectivo musical a ficarem atolados a meio caminho entre a casa de madeira de Otis Redding e os lençois de seda de Motel barato de Marvin Gaye. Estes discos trouxeram-me a inquietude lírica e o pop de aspiração depressiva, para gozo de um coração permanentemente desejoso de uma solidão acompanhada.
29
Dez04

SUSAN SONTAG - 1933-2004

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sontag_lg.jpg
Susan Sontag, uma escritora da qual podíamos continuamente aprender morreu hoje. Romancista, novelista, argumentista, realizadora e crítica social, mas sobretudo ensaísta, Sontag conseguia aliar um sentido enorme de justiça e humanidade, com a fluência da escrita. Os assuntos por ela cobertos são abrangentes e vão da literatura às artes visuais e cénicas, até à ética, política e cultura.
Recebeu muitos prémios durante a sua vida, dos quais destaco o National Book Award 2000, o MacArthur Fellowship (de 1990 a 1995), foi a primeira mulher americana a receber o Jerusalem Prize (em 2001), e em 2003 recebeu o prémio Príncipe das Asturias e o Peace Prize do German Book Trade.
Nos seus escritos, apresenta a sua visão do mundo com um pensamento ensaístico mas com uma sensibilidade desapaixonada de um artista. O seu livro«Sobre a dor dos outros» oferece-nos uma brilhantemente conseguida consideração sobre a representação visual da violência e das atrocidades cometidas nas nossas culturas, desde a Bósnia, ao Ruanda, Nova York durante e depois do 11/9, o holocausto e mesmo os linchamentos de negros no sul dos EUA. Ao todo, escreveu cerca de 17 livros, inúmeros ensaios e até realizou 4 filmes. Sempre actual e crítica, Susan Sontag era uma permanente analista de todos os problemas e hipocrisias desta sociedade a que chamamos moderna.
Faleceu hoje aos 71 anos, cedo demais, mas deixou-nos mais ricos, pois fez-nos pensar.
28
Dez04

Novo apontamento sobre legislação

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Por vezes apetece-me lançar a confusão ou mesmo criar polémica sobre um determinado tema. Hoje, pela segunda vez, apetece-me escrever sobre legislação. Em Portugal, legisla-se demasiado e faz-se muito pouco. Sugeria que em vez do governo e a Assembleia legislarem com maioria, as leis deveriam ser aprovadas unicamente com o consenso de um mínimo de dois terços dos deputados. Insultuoso?, talvez não. Pensemos nisso um pouco. Se o texto da lei é tão fraco que não consegue reunir dois terços de consenso na sua aprovação, não será a própria lei também ela fraca? Claro que esta proposta funcionaria unicamente se os deputados conseguissem pensar em primeiro lugar no país e só depois nos partidos, porém a vida política não é assim, infelizmente.
28
Dez04

Apontamento sobre legislação

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Como é que começaram as leis, alguém saberá?
Retirando toda a carga histórica conhecida à questão, esquecendo gregos, romanos e antes deles sumérios e outros, e indo ainda mais atrás, até ao começo da civilização. Deveria haver um grande vazio no coração dos nossos ante-antepassados, para começarem a ditar leis e a impedirem os outros de fazer o que quisessem. Para mim, começámos a criar leis para impedir os nossos vizinhos e outros de fazer coisas que nós detestávamos que fizessem. Censurávamos e acabávamos com essas atitudes «para o seu próprio bem», e nunca por assumirmos que poderíamos ser prejudicados por elas.
27
Dez04

History Repeats itself

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A TIME magazine elegeu como personalidade do ano 2004 George Bush. Este galardão, para o bem ou para o mal elege sempre alguém ou algo que se tenha destacado durante o ano (digo algo porque em 1988 foi o planeta Terra em perigo o vencedor).
Bush já foi eleito por duas vezes em quatro anos por esta revista e, apesar de eu desprezar a figura, tenho que dar o braço a torcer uma vez que de facto ele foi uma das personagens que mais influenciou este ano que finda.
Bush, ao vencer as eleições, permitiu-nos ver a diferença entre Europa e EUA, fez-nos pensar e reflectir sobre sermos muito diferentes, e diferentes deveremos continuar pois apesar de parecer faccioso o que digo, contiunuo a achar que a via europeia é a mais correcta, simplesmente porque é a mais Humana por muito que isto possa chocar muita gente.
Para finalizar, gostaria só de deixar aqui uma pequena lista de outros nomeados pela mesma revista que considero relevantes:
1938 - Adolf Hitler
1942 - Joseph Stalin
1979 - Ayatollah Khomeini
2004 - George W. Bush
Será um padrão?
27
Dez04

Há albums perfeitos II

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Nitin Sawney - Beyond Skin.jpg
A Música electrónica ocidental desde sempre que foi beber muita da sua influência às batidas exóticas e ritmadas de países distantes. Nitin Sawney é um dos expoentes máximos onde o próprio oriente vem ao encontro de uma sociedade necessitada da paz e do conforto que a sonoridade oriental consegue transmitir.
Este album, «Beyond Skin», é um misto de emoções, mas todas elas tranquilas, trazendo até nós alguma da paz que nunca tivémos ou que recusamos acreditar que ainda seja possível existir. Beyond Skin é um album coerente do início ao fim, melódico mas sobretudo um álbum bom para pensar, não tentando dirigir os nossos pensamentos para nenhum lado, deixando-nos fluir livremente por nós próprios e pelo mundo que nos rodeia.
26
Dez04

Harry Potter e o milagre do capitalismo

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De vez em quando vem-me ao de cima o meu espírito masoquista e curioso e, então decido espreitar a lista dos mais ricos do mundo. Entre tantos Quaquilionários, dos quais quase nenhum português, há um nome que salta à vista por ser recente e mediático: J.K.Rowling, uma mulher que graças ao seu talento pôde passar de viver com ajuda do estado, através da Assistência Social, a ser a mulher mais rica do Reino Unido, mais mesmo do que a Rainha Isabel II.
É por isto que apesar de me afirmar de esquerda, por vezes não consigo deixar de admirar o capitalismo.
24
Dez04

DPN – Depressão Pré Natal

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Estou a ficar com uma DPN, faltam só umas horas para a entrega dos presentes e ainda me faltam comprar alguns. Só de pensar que vou ter de ir para um centro comercial assim que sair daqui dá-me urticária e só me apetece fechar dentro de um armário e gritar PORQUÊ, PORQUÊ EU??????
Hoje ouvi o «Christmas Sucks» do Tom Waits com o Peter Murphy, e soube-me bem ouvir algo que se distanciasse desta hipocrisia consumista em que se converteu esta festa.
Mas que hei-de eu fazer? Apesar de hipócrita, também eu sinto algo de bom quando ofereço um presente.
Resumindo, só posso dizer isto: Feliz Natal a todos e que 2005 seja melhor que este ano que está a acabar.
23
Dez04

Futebol em Portugal-versão pré campanha

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Ontem vi o ministro das finanças falar na falta de cumprimento de pagamento de impostos dos clubes de futebol.
Sinceramente, acho Criminoso o que se passa no futebol em Portugal, desde o mau jogo praticado, à corrupção que passa incólume, ao excesso de clubes nas várias ligas, à paralização completa e amorfa de um sistema que já há anos é bafiento.
Porém, tudo isto só demonstra que o objectivo de estupidificar para reinar por vezes dá os seus frutos, e infelizmente em Portugal dá um verdadeiro pomar. Em Itália (país também ele do sul) a Fiorentina faliu por não pagamento de dívidas. Mas estão a ver isso acontecer cá em Portugal a um dos grandes?
É isto que nos distingue dos outros e é isto que impede o nosso crescimento. Basta dizer que com a venda de dois/tres jogadores por cada clube dos três grandes as respectivas dívidas seriam saldadas. Mas não, isso não importa o que importa é que haja bola, e da má.
Infelizmente, gosto de futebol, gosto muito de ver jogos, mas cada vez mais, os bons são mais escassos. Mesmo esses grandes clubes onde se fazem as contratações que pagariam as dívidas, têm cada vez um futebol pior, onde garotos à primeira contradição fazem birra.
Para solucionar estas questões, bastava que tivéssemos mais gente adulta em Portugal, mais gente que decidisse e que batendo com a mão na mesa dissesse que esta pouca vergonha tem de acabar, exigindo responsabilidades, promovendo o efeito de cascata destas acções. O governo exigiria sem condições aos clubes (creio que estes já tiveram demasiadas opções e tempo para resolverem as suas situações), os clubes exigiriam melhor jogo e aplicariamsanções aos jogadores e o público exigiria que o essencial fosse tratado em primeiro lugar, ou seja: Primeiro o País e depois os clubes.

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