Hoje, ao pegar no carro para ir a uma entrevista, estive cerca de 10 minutos a andar atrás de um velhote que ia numa EN a cerca de 40Kmh (e não era num carro velho, mas num Mercedes de 2003). Obviamente que se formou uma fila monstra, uma vez que a velocidade máxima permitida era de 90Km naquela zona. Este evento, muito comum nas estradas portuguesas gerou no meu ser as seguintes questões:
1. Porque é que são os velhos que conduzem como se tivessem todo o tempo do mundo? 2. Porque é que quanto mais velho, maior e mais caro o carro?
Por causa da Arte, muitos combates têm sido travados ali ao lado nos USA. Umas facções mais conservadoras lideradas pela acéfala Tippy Gore, impuseram no senado uma petição para classificar os museus como se classificam os filmes, ou seja: Para todos os públicos, para maiores de 12 e para maiores de 18. Era isto e a colocação de um aviso referindo que num determinado museu havia «Arte Explícita». Chegaram inclusivamente a boicotar exposições de alguns artistas contemporâneos considerados obscenos, como se alguém conseguisse olhar para um quadro abstracto e ficar excitado (Eh pá, ganda par de bissectrizes que aquele quadro tem. E aquela tela?, tem umas manchas que a comia toda...). Bem, posto isto acho que é tempo de dar a minha opinião sobre o assunto. Para mim não há arte moral ou imoral, para mim só existem as seguintes categorizações: Uau! e Blargh!
Ainda não tenho filhos, mas espero um da vir a ter. No entanto, após anos de pesquisa intensiva, descobri a melhor fórmula para desenvolver o cérebro infantil e fazê-los pensar. Só temos de lhes dizer os seguintes passos pela ordem indicada:
1. Tu és o melhor do Mundo. És melhor que qualquer outra pessoa.
2. Nunca serás suficientemente bom.
E pronto, a partir daí é vê-los a andarem com o ar mais pensativo do mundo.
Portugal tem assistido nos últimos anos, com o aumento de grandes superfícies comerciais, a uma degradação acentuada da forma como os lojistas tratam os seus clientes, ou seja: Nós.
Por ver que as reclamações não levavam a lugar nenhum, cheguei à seguinte conclusão:
«Nunca mais volto a comprar aqui!» Já não é uma ameaça.