26
Ago04
Ela foi-se...
dizeresmeus
Estava attrasado para o emprego, como sempre, e como sempre depois de um duche apressado e uma secadela ainda mais veloz, estiquei a mão para dentro do guarda-fatos ao calhas e encontrei o Passado. Estava à procura do meu casaco e saiu-me um vestido. Parei e segurei-o, o tecido era suave e escorria-me por entre os dedos, seda, pensei.
Enterrei a minha cara nas suas dobras, o meu nariz procurava, pesquisava e prescrutava cada centímetro à procura de um pequeno vestígio do seu perfume. Nada, o vestido estava vazio de cheiros seus. Voltei a colocar o vestido no cabide de metal e coloquei um plástico de lavandaria a cobri-lo, para preservar a sua aparência.
Pensava que ela tinha levado tudo com ela quando se foi há un meses, mas afinal não, o vestido azul ainda ali estava, onde jaz agora no fundo do meu guarda-fatos à espera de outra oportunidade para me relembrar que fez um dia parte da minha vida.
Enterrei a minha cara nas suas dobras, o meu nariz procurava, pesquisava e prescrutava cada centímetro à procura de um pequeno vestígio do seu perfume. Nada, o vestido estava vazio de cheiros seus. Voltei a colocar o vestido no cabide de metal e coloquei um plástico de lavandaria a cobri-lo, para preservar a sua aparência.
Pensava que ela tinha levado tudo com ela quando se foi há un meses, mas afinal não, o vestido azul ainda ali estava, onde jaz agora no fundo do meu guarda-fatos à espera de outra oportunidade para me relembrar que fez um dia parte da minha vida.